quarta-feira, 15 de julho de 2015

A Lógica dos Meus Investimentos

Olá pessoal.

Amanhã é meu dia de investimento, então estou pronto para fazer mais um aporte na minha jornada para a independência financeira. Vou escrever um pouco aqui sobre como funciona a lógica que sigo para meus investimentos.


Meta de "Tranquilidade"


Quando comecei a investir eu defini que deveria formar uma reserva de emergência. Não sabemos o dia de amanhã, então é sempre bom ter uma reserva financeira para os dias difíceis. 

O primeiro passo seria estipular um número alvo para esta reserva, um valor meta em reais. Este é um valor que suportaria minha casa e meu estilo de vida por um tempo, caso eu ficasse desempregado e minha renda principal sessasse. Defini quanto tempo de despesas esta reserva financeira deveria cobrir, multipliquei pelo gasto mensal médio da minha família e cheguei ao valor meta da reserva. Este seria o foco inicial da minha formação de capital. Primeiro a segurança, depois investimentos com maior retorno e risco. 

O local onde este valor seria acumulado foi definido: o Tesouro Direto. O motivo de ter escolhido o TD como lugar para acumular a reserva de emergência é porque trata-se de um investimento seguro, com liquidez, rendimento interessante em tempos de juros altos e com fácil acesso via home broker. Ainda tive o bônus não programado de um aumento de liquidez, pois quando comecei formar a reserva a liquidez era semanal e agora é diária. Optei pelo NTNB Principal 150519 porque os juros são interessantes e não preciso dos cupons semestrais das outras modalidades de TD. Para falar a verdade, prefiro sem cupons, pois o dinheiro fica acumulando juros no bolo que vai se formando e só pago o imposto no final (vou esperar até o vencimento). A correção pelo IPCA ajuda a tentar preservar o poder de compra. 

A meta já foi alcançada. Já estou livre para dar foco em outros tipos de investimento com mais risco. No entanto, o dinheiro que sobra do meu aporte eu coloco em TD também. Só para não ficar parado na conta da corretora.


Oportunidades nas LCIs/LCAs



Durante a formação da minha reserva financeira, estudei um novo tipo de investimento que está muito na moda nestes tempos de juros altos: as Letras de Crédito Imobiliária (LCIs) e Letras de Crédito Agrícola (LCAs). 

Fui seduzido pela rentabilidade bastante interessante e pela segurança dada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante meus investimentos em até R$ 250 mil caso a instituição financeira que firmou o compromisso comigo não consiga honrá-lo (caso não saiba o que é o FGC clique aqui). Uma característica que me deixou muito feliz é ser livre de imposto de renda. 

Os pontos negativos que achei até o momento são: liquidez somente no final do prazo contratado (ou seja, o dinheiro vai fica preso lá até uma certa data, quando serei pago com os juros); valores mínimos de investimento altos; letras com rendimentos mais interessantes são oferecidas por instituições menores e com maior risco; e o fato de que está cada vez mais difícil de achar LCIs e LCAs que se enquadrem nos meus requisitos.   

Meus requisitos para LCI/LCA são: retorno próximo ou superior ao CDI; liquidez em no máximo 2 anos; valor mínimo de investimento que não desequilibre minhas contas. 

Os LCIs/LCAs que tenho dão retorno de 98%, 100% e 104% do CDI. Não tenho pressa para acumular este investimento, pois meu foco está em ações agora. Mas quando aparece uma oportunidade e sobra um dinheiro, eu aproveito.


Carteira de Ações

Estipulei um valor mensal fixo, baseado em quanto dinheiro fica disponível por mês para investimento. Todo dia 15 (ou um pouco depois disso) eu compro ações, sempre usando este valor fixo. 
Minha carteira de ações vem sendo formada baseada em análise fundamentalista. Estipulei que minha carteira deveria ter no mínimo 12 ações para que meu risco ficasse diluído, pois cada ação ficaria responsável apenas por algo em torno de 8% da minha carteira. Em cada mês eu fazia minha análise e escolhia 3 papéis novos. Então dividia igualmente meu valor fixo mensal entre os 3 papeis e fazia a compra de quantas ações este valor conseguisse pagar.

Quando completei as 12 ações compradas fechei minha carteira. Então comecei a seguir o rodízio de compras na ordem em que elas entraram na carteira. Simples assim! Enquanto elas forem boas não preciso pensar, pois é só ir comprando e acumulando. Faço isso até hoje. As ações que compõem minha carteira podem ser vistas neste link.


A cada trimestre, quando sai o balanço, eu vejo se as ações ainda se enquadram nos meus critérios. Até o momento, nenhuma ação me desagradou a ponto de eu suspender as compras. Então não tenho o que comentar aqui. 

Estou confortável com as 12 ações que estão na minha carteira. As considero boas ações e estão diversificadas em setores que tenho interesse. Por enquanto não pretendo aumentar minha carteira.

Em um post futuro vou mostrar quais são os critérios fundamentalistas que classificam uma ação como boa para entrar (ou ficar) na minha carteira.


Amanhã é Dia de Compras

Amanhã eu farei minhas compras. O plano a ser seguido é pegar o valor que estipulei para compra de ações, dividir em 3 partes iguais e cada uma destas partes vai ser usada para comprar ações da minha lista. O cardápio para amanhã é TOTS3, WEGE3 e ABEV3.

Geralmente não dá valores que formam lotes, então compro no facionário mesmo. Se sobrar um troco deste valor de aporte, coloco no TD. 

Assim que funciona meu sistema de acúmulo de capital. Como funciona o seu?

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Evolução de Patrimônio

Ola pessoal.

Hoje resolvi fazer um post sobre patrimônio. Vou mostrar como evolui o patrimônio que considero nas minhas contas investimento (ou seja, renda fixa, renda variável, conta da corretora).

No post passado eu mostrei como foi minha evolução de rendimentos desde dezembro de 2014, data da minha (re)entrada na renda variável (clique aqui). Já tinha um pouco de TD antes disso. Mas ficou faltando mostrar como se comporta o meu patrimônio. 

A diferença entre o que vou mostrar agora e o que mostrei no post anterior é que para os rendimentos eu desconto os aportes. Caso eu não fizesse isso, o "dinheiro novo" entraria nos rendimentos e daria retornos financeiros muito mais altos do que a verdade. Ficaria achando que sou o novo Warren Buffett até perceber que a matemática financeira havia me abandonado, rs. 

Uma das coisas que me motivou a rever meu patrimônio é que fiz um aporte neste mês que me fez superar minha meta de 2015. Então, preciso definir uma nova meta. No gráfico a seguir, mostro: minha evolução; a minha meta (que ficou para trás); e uma referência de evolução de carteira com rendimento de 5,25% ao mês. Este valor de referência, caso fosse seguido, levaria-me à meta ao final de 2015. Segue o gráfico:


Fiquei muito contente em superar minha meta de 2015 ainda no meio do ano. Achava que a referência que eu tinha colocado era bastante ousada. O aumento de patrimônio de 5,25% ao mês resulta em um aumento anual de 84%, ou seja, chegar perto de dobrar a carteira. Disciplina, bons aportes e inteligência para saber onde e quando usar o dinheiro me levaram ao resultado.

Então eu defini um novo número a ser buscado até o fim do ano e refiz a curva de referência para me guiar até lá. O novo valor me levou a uma referência de aumento de patrimônio de 7,75% ao mês, o que resultaria em um incrível aumento de 144% no ano. O novo caminho a ser trilhado em 2015 ficou assim:


É óbvio que quanto mais aumenta minha carteira, maior é a quantidade necessária de dinheiro para fazer o percentual subir. Meu aporte é fixo em valor desde o começo da carteira. Então, cada vez meu aporte fica menor percentualmente em relação à carteira e faz menos diferença no aumento do patrimônio.

Vamos ver o que acontece. 

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Junho/15 - Acompanhamento de Carteira

Olá pessoal.

Hoje vou colocar o fechamento de junho e também vou aproveitar para mostrar minha carteira. Em posts futuros vou falar sobre o método que sigo e sobre meus critérios de escolha na alocação dos meus aportes. É o que explica o "disciplinado" do investidor aqui, rs.

Mas antes, já me explico: não me sinto confortável em postar valores. Vou postar percentuais. O motivo é aquele de sempre: não me sinto seguro, sabe-se lá quem está lendo e o que faria com esta informação. Quem sabe isto não muda no futuro. 


Carteira de Ações:




Minha carteira de ações é baseada em análise fundamentalista. Não sou trader (já fui), não fico especulando. As ações ocupam um espaço parecido entre elas na distribuição da minha carteira com o objetivo de diversificação e diminuição de seu risco global.


Carteira Completa:



Minha carteira completa mostra um viés conservador. Minha idéia inicial não era esta, mas com a presente situação do Brasil e com a taxa de juros bizarra que temos eu fui empurrado neste caminho. Está complicado uma carteira de ações balanceada bater a Selic ou LCI/LCA.

O que tenho no Tesouro Direto é 100% NTNB Principal 150519.

Tenho a idéia de colocar FII na minha carteira no futuro próximo. Os Fundos de Investimentos Imobiliários me atraem bastante. Estou estudando o mercado e lendo um livro bem interessante sobre o assunto ("Fundos Imobiliários: Investimento Inteligente em Imóveis").


Nota-se também que tenho um percentual considerável em conta corrente. Este dinheiro estava na poupança rendendo nada e foi transferido para a corretora. No dia em que fechei as contas ainda não o tinha aplicado. No próximo mês já aparecerá como LCA e Tesouro Direto. 

Não considero imóvel, carro, dinheiro em conta corrente do banco (não da corretora) ou plano de aposentadoria privada no meu controle de investimentos.


Rendimentos:




Pode ser notado que consegui recuperar um bom pedaço do tombo nas ações que tive mês passado. E olhando o histórico de rendimento, acho até que deveria repensar minha frase de que "Está complicado uma carteira de ações balanceada bater a Selic ou LCI/LCA". 

As LCI/LCA vão muito bem, são só alegria, pena que sumiram do mapa. Está difícil de achar LCI/LCA. Eu li um texto interessante no site do Valor Econômico que fala sobre isto (Clique aqui). 

O Tesouro Direto teve uma queda no rendimento devido à cobrança semestral Tesouro Direto (taxa BVMF). Sobre este assunto tem um post no blog Dividendos ("Títulos Públicos - Tesouro Direto").

No geral, o rendimento da carteira de 1,33% foi interessante. Positivo, acima de 1%, baixo esforço. baixo risco e tem tido alguma consistência. Como meus aportes continuam e meu rendimento continua, o crescimento do bolo continua.

Até breve.